A raça White Dorper tem origem na África do Sul e foi criada com o propósito de melhorar as
qualidades das carcaças ovinas comercializadas bem como o desempenho animal,
proporcionando assim uma melhor remuneração do ovinocultor e a satisfação do consumidor
final. O White Dorper foi selecionado a partir dos animais Dorper que nasciam totalmente
brancos. Em 19 de julho de 1950, um grupo de 30 criadores decide fundar a Associação Sul
Africana de Criadores de Dorper e White Dorper e estabelecer os parâmetros de Padrão
Racial para o White Dorper. Com o objetivo de realizar uma correta avaliação do padrão racial,
a Associação Sul Africana de Criadores de Dorper e White Dorper desenvolveu um sistema
de pontuação para classificar os animais em aptos para o registro genealógico, animais
comerciais e animais que devem ser eliminados.
I - Sistema de pontuação
Objetivo do sistema: Distinguir o grau de excelência do padrão racial através da descrição
e um escore de pontos baseados na aparência e desempenho. Estes devem refletir o que
realmente o animal é.

Para melhor uma melhor avaliação, o animal é dividido em partes conforme descrito a seguir:
Conformação – Símbolo “B” (do Africans Bouvorm)
B5 Conformação excelente
B4 Boa conformação
B3 Conformação mediana
B2 Conformação pobre/abaixo da média
B1 Conformação pobre e com defeitos eliminatórios
Tamanho ou taxa de crescimento – Símbolo “G” (do inglês Growth)
G5 Animal com tamanho ideal
G4 Animal de tamanho mediano
G3 Animal de tamanho um pouco abaixo da média
G2 Animal de tamanho pequeno
G1 Animal extremamente grande ou extremamente pequeno
Distribuição da gordura – Símbolo “D” (do inglês Distribution of Fat)
D5 Animal com boa distribuição da gordura subcutânea por todo o corpo, sem nenhum ponto
de gordura localizada
D4 Animal com boa distribuição da gordura subcutânea por todo o corpo, uma pequena
indicação de gordura localizada é aceitável
D3 Animal com pontos com quantidades razoáveis de gordura localizada ou com uma
pequena distribuição da gordura subcutânea (“seco”)
D2 Animal com pontos com gordura localizada ou com uma escassa distribuição da gordura
subcutânea (“muito seco”)
D1 Animal com excesso de gordura localizada ou animal sem distribuição de gordura
subcutânea (“extremamente seco”)
Observações: Animais considerados “secos” não podem ser classificados como D5 ou D4.
Como referência para avaliação da distribuição da gordura subcutânea, considerar a
observada em animais sob condições de pastejo extensivo. No caso de animais participando
de julgamento, o acúmulo de gordura excessivo deve ser penalizado em animais jovens.
Padrão de cor – Símbolo “P” (do inglês Colour Pattern)
Para a definição do padrão de cor se faz necessário definir o que chamamos de linha ventral
(“underline”), linha imaginária que passa pelos seguintes pontos:
1. Pelo jarrete
2. Pelo ponto mais baixo do joelho
3. Nos reprodutores até a região do períneo na junção (base) da bolsa escrotal
4. Nas matrizes vai até os órgãos reprodutivos (úbere e vulva).
P5, P4 e P3 Distribuição da cor dentro do aceitável, sem faltas desclassificatórias
P2 Pequenas faltas na distribuição ideal da cor
P1 Excesso de cor ou faltas graves
Pelagem ou cobertura de pêlo/lã – Símbolo “H” (do inglês Hair)
A linha ventral definida no Padrão de Cor é a mesma utilizada para avaliar a pelagem.
H5, H4 e H3 Características de pelagem dentro do aceitável, sem faltas desclassificatórias
H2 Pequenas faltas nas características ideais de pelagem
H1 Faltas graves e/ou desclassificatórias
Tipo – Símbolo “T”( do inglês Type)
A aparência geral e a harmonia entre todas as partes do animal e o modo como elas se
complementam umas às outras, a proporcionalidade ou o modo como o animal é balanceado,
o apuramento do animal assim como o grau de cumprimento dos padrões de excelência da
raça determinam o Tipo (T). O animal como um todo deve ser uma imagem agradável aos
olhos quando observado a uma certa distância.
T5 Animal excepcional
T4 Animal dentro do ideal
T3 Animal dentro do padrão racial, mas com pequenas faltas
T2 Animal com características raciais, mas que não está dentro do padrão racial
T1 Animal que não está dentro do padrão racial, com faltas desclassificatórias
Definições comuns usadas na descrição do padrão racial:
Descriminar de acordo com o grau: isto significa que quanto maior for a divergência, menor
será o escore/nota atribuído ao animal. Por exemplo, se observarmos alguma cor (não negra)
ao redor dos olhos, o animal só pode ser no máximo um P3 se o animal tiver um pouco mais
de cor, é um P2 e exagerada coloração, será um P1.
Indesejável: ainda usando o parâmetro “cor” como exemplo, se um animal tiver qualquer
característica que não atenda o ideal para o padrão, ele só pode receber um escore P2, e se
for totalmente “fora” do padrão, ele é um P1 e um animal a ser eliminado.
Defeito ou falha: Aqui é onde a “funcionalidade” desempenha um papel importante na
conformação (qualquer defeito que prejudique a funcionalidade é um defeito eliminatório) e
apenas os extremos em todos os outros parâmetros dos padrões da raça deverão ser
eliminatórios.
Em resumo
Ao olharmos para a primeira linha da tabela a seguir, é possível observar os aspectos mais
importantes que podem qualificar um animal White Dorper para registro. O escore/nota mais
baixo em qualquer dos parâmetros (B, G, D, P, H e T) determina a classificação do animal.
A classificação do animal é uma nomenclatura utilizada para identificar os animais aptos
perante o Serviço de Registro Genealógico. As siglas utilizadas são as mesmas utilizadas
pelo Padrão Internacional da Raça, onde:
ST (Stud) – animais aptos ao registro
S1 (Selection 1) – animais aptos ao registro
S2 (Selection 2) – animais não aptos ao registro, mas que podem ser utilizados em
rebanhos comerciais
C (Cull) – animais não aptos ao registro e que devem ser eliminados por apresentarem
problemas de funcionalidade que prejudicam o desempenho animal
Para S1 e S2, o escore (pontuação) para Tipo “T” não pode ser mais elevado do que o escore
para Conformação “B”, Taxa de Crescimento “G” ou Distribuição de Gordura “D”. Se o
escore/nota para qualquer parâmetro for 1 em qualquer categoria o resultado será um T1 e o
animal deverá ser eliminado (C).
Se o animal obtiver um escore dois pontos a menos nas categorias Conformação “B”, Taxa
de Crescimento “G” ou Distribuição de Gordura “D” será classificado como sendo um animal
Segunda Seleção (S2) ou Tipo 2 (T2) (para uso comercial e não será registrado).
Lembre-se que você pode ter uma Conformação B4 com um Tipo 5 (T5), mas nunca um B5
com um Tipo 4 (T4). Em outras palavras, se a Conformação for B5 este é um animal perfeito
e por isso o Tipo deve ser “T5”.

II - Conformação (Símbolo B)
Cabeça
A cabeça é avaliada sob o parâmetro conformação (símbolo B) e é de vital importância na
determinação do “Tipo”, caracterização e “nobreza” do animal. Para melhor entendimento
abaixo estão algumas ilustrações que representam a cabeça ideal como na descrição e seus
diferentes aspectos.
Definição: cabeça forte e longa, com olhos distanciados e bem protegidos. Nariz forte, boca
forte e bem formada, com o maxilar profundo e perfeitamente colocado é o ideal. Para se
qualificar para ST (Tipos 5 e 4) e S1 (Tipo 3), mandíbula e maxilar deverão se encaixar
perfeitamente o que significa que a face cortante dos dentes incisivos tem que tocar na coxim
dentário. Caso a oclusão bucal não seja perfeita, é aceitável que a mandíbula possa ser até
03 mm mais curta nos animais jovens e 02 mm mais curta nos animais adultos. Quando da
troca dos dentes de leite pelos permanentes e a gengiva estiver inchada, os dentes de leite
adjacentes deverão ser usados para avaliar o encaixe entre maxila e mandíbula. A testa não
deve ser côncava. As orelhas devem ter tamanho proporcional ao da cabeça. Chifres grandes
e pesados são indesejáveis e devem ser descriminados de acordo com o grau. Chifres
pequenos ou apenas desenvolvidos na sua base são os ideais.
Diferentes aspectos da cabeça
1. Barbela: não é uma característica desejável e atrapalha o formato ideal da cabeça.
2. Cabeça curta: um animal com cabeça curta, mas com um corpo ideal não é uma
combinação que atende ao tipo do animal. A definição diz que o animal deve ter uma
cabeça forte e longa.
3. Cabeça longa: a definição diz longa e forte, mas atenção esta não deve ser
demasiadamente longa como no cavalo, pois não se encaixa num tipo aceitável.
4. Nariz plano: esta não é a aparência ideal, o nariz tem aspecto achatado.
5. Nariz forte: um nariz romano (convexo) forte e largo com um bom desenvolvimento
secundário (rugas) é o ideal para os reprodutores. A estrutura escura na frente dos
olhos é chamada de “olho de velho”.
6. Coroa plana: uma coroa ou cabeça plana não é desejável. Nos reprodutores uma
coroa angulosa (desejável), dá um aspecto mais masculino. Uma cabeça suave é
desejável para a ovelha.
7. Chanfro/cabeça plana: se esta for a cabeça de um reprodutor, ele deverá ser
eliminado. Cuidado para não confundir chanfro/cabeça plana com uma cabeça jovem.
8. Cabeça jovem: ao lado um exemplo da cabeça de um animal jovem, com qualidade,
mas sem nenhum desenvolvimento secundário. As rugas fazem parte de uma cabeça
nobre, tal como, vistas na cabeça ideal, e são desejáveis.
9. Testa côncava: cuidado para evitar confundir esta condição com a de um reprodutor
com um nariz romano (convexo) bem desenvolvido e uma coroa com a testa côncava
como a figura ao lado. Uma cabeça encovada tem claramente uma cova na testa
acima dos olhos e você reconhece logo que a vê.
10. Mandíbula longa demais (prognatismo): esta é uma falta desclassificatória e o
animal deve ser eliminado. Os dentes devem tocar o coxim dentário. Quando da troca
dos dentes incisivos, os dentes adjacentes podem ser usados para avaliação. Cuidado
para não discriminar durante a troca de dentes, pois a gengiva inferior geralmente fica
inchada, dando a impressão de ser demasiada longa.
11. Mandíbula curta demais (retrognatismo): uma diferença de até 3mm nos jovens e
2mm nos adultos (com mandíbula mais curta em relação a maxila), é permitida. O
objetivo é selecionar para uma oclusão bucal perfeita.
12. Mandíbula fraca: a capacidade de se alimentar está diretamente relacionada a
estrutura da boca (mandíbula e maxila). O animal com uma estrutura mandibular fraca
(pouco “profunda”), a longo prazo terá dificuldades de se alimentar em condições de
pastejo extensivo. Por outro lado, mandíbulas pesadas demais não são desejáveis.
13. Olhos grandes, afastados e bem protegidos: esta é uma característica importante
para a robustez do animal. A expressão olhos bem protegidos indica que o animal tem
a capacidade de se alimentar de arbustos sem machucar os olhos. Olhos muito
próximos, que lembram os olhos de um babuíno, não são desejáveis.
14. Tamanho das orelhas: as orelhas devem ter um bom tamanho, em harmonia com o
tamanho da cabeça e do corpo.
15. Chifres pesados: esta característica é herança do reprodutor Dorset Horn. A definição
diz claramente que os chifres pesados são indesejáveis e devem ser descriminados
ou penalizados de acordo com o grau.
Pescoço e quarto anterior/dianteiro
Definição: O pescoço deve ser de comprimento mediano, com boa musculatura, amplo e bem
encaixado no quarto anterior. As paletas devem ser firmes, largas e fortes. Um peito
moderadamente largo, profundo e moderadamente proeminente em relação as paletas é o
ideal. Os membros anteriores devem ser fortes, com bons aprumos e estarem bem
posicionados, com quartelas fortes e cascos (unhas) não excessivamente separados.
Quartelas fracas e pernas em X (cambaio) deverão ser penalizadas de acordo com o grau de
anormalidade. Paletas que parecem soltas ao caminhar, um peito acentuadamente proeminente para além das paletas, pernas mal posicionadas ou com maus aprumos e
dificuldade para caminhar são defeitos graves.
Nos machos o pescoço deve ser amplo (profundo) e de comprimento mediano. Pescoço com
um encaixe em “U” não é desejável. Nas fêmeas um pescoço ligeiramente mais fino e mais
longo é desejável, trazendo feminilidade ao conjunto.
A cabeça do animal deve estar ligeiramente adiantada em vez de elevada.
Uma vez que o Dorper foi criado para viver em condições de criação extensivas, a habilidade
para caminhar é uma característica importante. Não negligencie paletas soltas, este problema
não melhora com o exercício ou com idade, mas pode sim piorar. Paletas soltas são
detectadas quando a porção superior da paleta se proteja acima da coluna vertebral. Quando
o animal está caminhando ou virando, este defeito torna-se mais evidente. Nos casos mais
severos a paleta afasta-se tanto do tronco que é possível passar os dedos entre o tronco e a
paleta. Paletas largas significam que as mesmas devem fluir pelo corpo e não apenas estarem
conectadas ao tronco. Uma boa musculatura deve ser vista por toda a paleta e no antebraço.
A saliência do peito vista de perfil, faz parte do encaixe ou colocação da perna, o que está
diretamente relacionado à habilidade de caminhar do animal. Um peito plano pode ser um
sinal que a colocação das pernas é demasiado adiantada e o animal demonstrará uma
dificuldade para caminhar. Antes um peito ligeiramente proeminente do que um peito plano.
Um peito de tamanho moderado é acompanhado não só de uma boa habilidade para
caminhar, mas também com um nascimento fácil nas crias.
O White Dorper é um animal que foi criado para se desenvolver e reproduzir sob condições
de criação extensivas. Quartelas fortes são essenciais, pois o peso do corpo inteiro é
suportado por elas e o peso aumentará com a idade e a gestação, no caso das fêmeas. Veja
também a diferença entre quartelas curtas e compridas no quarto posterior (apêndice pélvico).
Em resumo, quartelas fracas, pernas em X (cambaio) e cascos (unhas) afastados deverão ser
discriminados de acordo com o grau do defeito. Paletas que parecem soltas, um peito
inclinado e sem nenhuma projeção, um peito demasiado largo/amplo, membros curvados, em
X ou arqueados, caminhar com dificuldade são considerados defeitos graves.
O quarto anterior deve ser profundo. Esta medida é a distância da paleta à ponta do peito. Um
quarto anterior “pesado” não é desejável. Isto é facilmente reconhecido se olharmos para o
animal de frente. Um peito demasiado proeminente (herança da raça Blackhead Persian) pode
ser uma indicação de localização da gordura, característica também não desejável.
Barril (tronco)
Definição: O ideal é um barril/tronco longo, profundo e largo, costelas bem arqueadas e um
lombo largo e preenchido. Os animais devem ter uma linha de dorso e lombo longa e reta e
não deve ter uma depressão acentuada logo após as paletas passagem para o barril/tronco.
Uma ligeira depressão por detrás dos ombros é permissível.
O comprimento do tronco é medido do ponto
atrás da paleta até à frente da garupa
(cabeça do fêmur). Animais
demasiadamente longos não são
desejáveis. Por outro lado, o comprimento
do corpo e sua profundidade são fatores que
contribuem para o peso do animal, o que se
traduz em quantidade de carne. Como um
animal largo também é desejável: um lombo
largo com boa musculatura e com uma
capacidade suficiente para acomodar o
aparelho digestivo (capacidade de ingestão
de alimentos) e, no caso das fêmeas, o
aparelho reprodutivo (capacidade de
gestação, inclusive no caso de gêmeos,
permitindo um bom desenvolvimento do
feto). Costelas bem arqueadas estão
associadas a um tronco/barril largo. Animais com forma/aparência cilíndrica são
descriminados, principalmente quando consideramos o “Tipo”. Uma boa profundidade é
determinada por uma boa linha ventral. Uma linha dorso lombar longa e reta é ideal.
Uma ligeira depressão atrás das paletas é permitida, sobretudo nos animais com um bom
comprimento do corpo, mas se esta for muito severa o animal deve ser eliminado. Outra
característica a ser observada é o bom desenvolvimento do músculo da região lombar
(músculo redondo entre os processos espinhosos e transversos das vértebras lombares): um
lombo longo e largo que flui para o quarto posterior/traseiro. Um aspecto que é muito
importante e frequentemente negligenciado é a feminilidade e a masculinidade dos animais,
a fertilidade está diretamente ligada a esta característica: as fêmeas devem se parecer com
fêmeas e os machos devem se parecer com machos e não vice versa.
Quarto traseiro (posterior)
Definição: uma garupa longa e larga é a ideal. A musculatura do quarto (tanto interna quanto
externa) deve ser convexa e profunda (o mais próximo possível do jarrete). As pernas devem
ser fortes e bem colocadas, com cascos e articulações da quartela bem formadas. Problemas
nas articulações da quartela e jarretes deverão ser penalizados de acordo com a sua
gravidade. Jarretes perpendiculares (perna “reta”) ou demasiadamente arqueados (em forma
de foice) são defeitos eliminatórios
Cerca de 1/3 do valor da carcaça pode estar num quarto traseiro com boas qualidades de
carne. As regiões internas e externas da coxa são locais de deposição de músculo ou carne.
O músculo deve ser longo até quase ao jarrete. Uma garupa demasiada caída ou curta e
redonda não é desejável e deve ser descriminada. As pernas traseiras devem ser fortes, com
as pernas bem colocadas haverá um espaço amplo para uma boa colocação dos testículos,
no caso dos machos, e glândula mamária, no caso das fêmeas. Jarretes em “foice” e pernas
“retas” são defeitos eliminatórios.
Quartelas longas são mais susceptíveis, do que as curtas, a mostrarem defeitos graves. O
animal se posiciona melhor nos seus cascos quando as quartelas são curtas. As quartelas com problemas devem ser descriminadas de acordo com o seu grau de gravidade, mas se as
sobre unhas estiverem tocando no solo, o animal será eliminado.
Os órgãos reprodutivos
Definição: O úbere e os órgãos sexuais da matriz deverão ser bem desenvolvidos. A bolsa
escrotal do reprodutor não deve ser demasiada longa e os testículos devem ser de igual
tamanho e não demasiado pequenos. Qualquer defeito nos testículos é um defeito
eliminatório. No caso de bipartição escrotal, uma fenda de até 1,5cm é aceitável.
Circunferência escrotal mínima de acordo com a idade/dentição:
Cordeiro com 10 meses 30cm
Reprodutor com 2 dentes incisivos definitivos 32cm
Reprodutor com 4 dentes incisivos definitivos 33cm
Reprodutor com 6 dentes incisivos definitivos ou mais 34cm
Qualquer indicação de prolapso de reto ou vagina é considerada uma falta.
Nas fêmeas é desejável um bom desenvolvimento tanto da vulva quanto do úbere.
Pigmentação ou sinais de pigmentação nas tetas é uma característica é desejável. Uma
indicação de pigmentação na fêmea White Dorper é importante para evitar queimaduras pelo
sol.
A bolsa escrotal do reprodutor não deve ser muito longa, os testículos devem ser de tamanho
igual (simétrico), ter uma boa circunferência (ver definição) e não ultrapassarem em
demasiado a linha do jarrete são os ideais. Testículos assimétricos ou torcidos são defeitos
eliminatórios. Testículos bipartidos são indesejáveis e somente uma separação até 1,5cm de
profundidade é permitida.
Aparência geral
Definição: Os animais devem ser simétricos e as diferentes partes do corpo devem estar
balanceadas e em proporção umas em relação às outras. Um temperamento calmo e uma
aparência vigorosa é o ideal.
Equilíbrio significa que a relação entre altura, largura, comprimento e profundidade do animal
deve ser proporcional. Quando você olha para o animal você deve ter a imagem em sua mente
do que é muito perto do ideal no que se refere ao fenótipo. A seguir temos dois exemplos de
animais com a aparência geral ideal.
III - Tamanho e Taxa de Crescimento (símbolo G):
Definição: Um ovino com bom peso e tama.nho para asua idade é o ideal. Animais
extremamente grandes ou extremamente pequenos devem ser penalizados e discriminados.
Nem o animal extremamente grande e nem o extremamente pequeno são animais mais
viáveis do ponto de vista econômico.
É fundamental conhecer a idade do animal para
avaliar se o seu tamanho é bom ou ruim. Um animal
muito jovem e extremamente grande é uma
característica indesejável, como também um
animal adulto extremamente pequeno também é
indesejável e devendo ambos serem
discriminados.

IV - Distribuição de Gordura (símbolo D)
Definição: Uma fina camada de gordura distribuída homogeneamente sobre a carcaça e entre
as fibras musculares é o ideal. O animal deve ser firme e musculoso quando palpado e em
movimento. Pontos de gordura acumulada em demasia em qualquer parte do corpo é
indesejável e deve ser discriminada de acordo com o grau.
Os círculos na figura ao lado, indicam as áreas onde podem ocorrer maior acúmulo de
gordura. Este excesso deve ser discriminado, principalmente em animais em condição
extensiva.
V - Cor (símbolo P)
Definição - raça White Dorper: Um ovino
branco completamente pigmentado nas
pálpebras, na região perianal e em suas tetas
é o ideal. Um número limitado de pintas é
permitido nas orelhas e linha ventral. Nota: a
cor marrom é considerada pigmentação nas
áreas do corpo onde a pigmentação é exigida.

Para ajudar a compreender a cor, há uma
linha imaginária que corta o animal em duas
seções.
Na imagem ao lado, observe as listras pretas delimitando a região da linha ventral do animal.
Linha limite da presença de cor, que não a branca:
a- No jarrete, você encontrará um pequeno osso na parte externa, e abaixo deste já é
considerado estar abaixo da linha limite para cor (linha ventral). Formar uma linha
imaginária que envolva o jarrete;
b- Abaixo do joelho: nós tomamos a parte inferior da articulação do joelho como estando
abaixo da linha limite, tal como no jarrete;
c- Agora tomamos a parte ventral do corpo e a linha imaginária tal como podemos ver
dos dois lados do corpo. Ao observar o animal esta linha fica bem clara e corre na direção frontal até a parte de trás dos aprumos anteriores. Para trás vai até a parte
frontal da inserção/junção da bolsa escrotal;
d- Nas fêmeas esta linha ventral vai até os
órgãos reprodutivos.
Classificando o padrão de cor
(símbolo P) da raça White Dorper
P5: cor ideal.
a- Um ovino branco sem nenhum pêlo ou lã de outra cor em seu corpo;
b- Linha superior e inferior da pálpebra completamente (100%) pigmentada (marrom ou
preta);
c- Deve haver uma indicação de pigmentação na região perianal ou envolta dos órgãos
reprodutivos;
d- Cílios marrons ou vermelhos são permitidos;
e- Os cascos podem ser pigmentados.

P4: um pouco de cor é permitido.
a- Um ovino branco, com um número
limitado de pequenas manchas/pintas
vermelhas, marrons ou pretas,
concentradas nas orelhas ou na linha
baixa;
b- A somatória dessas pequenas
manchas/pintas vermelhas, marrons ou pretas, concentradas nas orelhas não deve
ser maior que 10mm de diâmetro;
c- Possuir pelo menos 50% de pigmentação na somatória das pálpebras (superior e
inferior) e ao menos uma indicação de pigmentação em cada pálpebra;
d- Cílios marrons ou vermelhos são permitidos.

P3:
a- Um ovino branco com limitado número de
pequenas manchas pretas, marrons ou
vermelhas, concentradas na cabeça,
pescoço ou linha baixa. No caso das
manchas de cor preta, a somatória destas
não deve ultrapassar 10 mm de diâmetro,
lembrando que devem estar concentradas
na cabeça, pescoço ou linha baixa;
b- Um ovino branco com pintas ou manchas vermelhas ou marrons concentradas na
cabeça, pescoço e linha baixa, e que em sua somatória não podem exceder 10 cm de
diâmetro. Incluindo a cor preta como descrito no item “a”;
c- É preciso ter no mínimo 25% de pigmentação nas pálpebras de um ou ambos os olhos,
isto é, a somatória de toda a pigmentação presente nas pálpebras de um ou ambos os
olhos, deve ser igual ou superior a 25% do total da área das pálpebras;
d- Cílios vermelhos e marrons são permitidos.

P2:
a- Um ovino branco com pintas ou
manchas vermelhas ou marrons
maiores do que o descrito para P3,
neste caso pode ocorrer na cabeça,
pescoço, quarto dianteiro, linha baixa e
corpo;
b- A somatória da cor preta não deve
exceder 30 mm de diâmetro, estando
limitada a cabeça, pescoço e linha
baixa;
c- Ausência de pigmentação nas pálpebras é aceitável.

P1: nesta classificação os animais não são
mais passíveis de registro.
a- Um ovino com um ou ambos os olhos com
cor azul;
b- Um ovino com uma coloração total que
não seja branca;
c- Um ovino com mais cor preta do que o
descrito em P4 e P3, incluindo manchas
pretas no corpo e quarto dianteiro.

VI – Pelagem/Cobertura (H)
Definição: Um ovino com uma pelagem (cobertura) com um misto de pêlo/lã que se
mostre atraente aos olhos, tornando o animal belo. A mesma delimitação de linha ventral
para cor é utilizada para pelagem/cobertura.
H5: Pelagem curta, solta e leve, com uma mistura de pêlo e lã, com uma linha ventral
naturalmente limpa, sem lã. A cabeça precisa ter a cobertura curta e limpa (sem lã).
H4: Pelagem curta, solta e leve, em uma mistura de pelo e lã, onde a lã é predominante
no quarto anterior e uma linha ventral limpa, sem lã. A lã pode ultrapassar a linha da nuca
do animal.
H3: Pelagem curta e solta, com uma predominância ou de lã ou de pêlos finos e macios,
e com presença de kemp na região da coxa. Uma “juba” ou avental com pêlos macios são
permissíveis. É permissível lã na nuca e na coroa da cabeça. Presença de lã na linha ventral
pode ocorrer.
H2:
c- Pelagem composta quase que exclusivamente por pêlos grosseiros;
d- Pelagem composta quase que exclusivamente por lã e muito densa.
H1:
d- Pelagem composta exclusivamente por pêlos grosseiros;
e- Pelagem composta exclusivamente por lã (longa e densa);
f- Juba volumosa e com pêlos grossos.
VII – Tipo
Definição: O tipo é determinado pelo grau em que o animal está em conformidade com os
Padrões de Raça. A impressão geral deve ser de bom equilíbrio, musculosidade e uma
aparência vigorosa. Masculinidade nos machos e feminilidade nas fêmeas é importante.
Nota: Qualquer tendência para uma falta desclassificatória, o animal não pode ser um Tipo 5
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